
Foi
eleita a décima oitava maior Voz da música brasileira, pela revista Rolling
Stone.
biografia
Filha
de um sargento pára-quedista do Exército e de uma dona-de-casa, seu nome foi
sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia.
Nascida
no Rio de Janeiro, aos 6 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos
10, foi para Santarém, no Pará. Aos 12 anos, voltou para o Rio. O interesse
pela música começou aos 14 anos, quando ganhou um violão de presente. Tocava
principalmente músicas dos Beatles. Aos 18, chegou a Brasília, para onde sua
família se mudou. Ali, cantou em coral, fez testes para musicais, trabalhou em
duas óperas como corista, além de se apresentar como cantora de um grupo de
forró. Também fez parte, durante um ano, do primeiro trio elétrico de Brasília,
denominado Massa Real, e tocou surdo em um grupo de samba. Trabalhou em vários
bares (como o Bom Demais), cantando e tocando. Despontou no mundo artístico em
1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
Um
ano mais tarde, aos 19 anos, querendo sua liberdade pessoal, foi para Belo
Horizonte atrás de um lugar para morar e um emprego, onde conseguiu assim que
chegou, e passou a trabalhar como servente de pedreiro. "Fiz massa e
assentei tijolos", contava. Lá, alugou um pequeno quarto, onde ficou
vivendo. Na escola, não chegou a terminar o ensino médio, por causa dos shows
que fazia, cada dia num turno diferente, não tinha horário para se dedicar ao
estudos.
Caracterizada
pela voz grave e pelo ecletismo musical, interpretou canções de grandes
compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas
da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o
incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks
clássicos de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles, John Lennon e
Nirvana.
Teve
uma trajetória musical bastante importante, embora curta, com algo em torno de
dez álbuns próprios gravados no decorrer de doze anos de carreira. De fato, somente
em 1989 sua carreira decolou. Ajudada por um tio seu, gravou uma fita demo com
a canção "Por enquanto", de Renato Russo. Este mesmo tio levou a fita
à PolyGram, o que resultou na contratação de Cássia pela gravadora. Sua
primeira participação em disco foi em 1990, no LP de Wagner Tiso intitulado
"Baobab".
Cássia
Eller sempre teve uma presença de palco bastante intensa, assumia a preferência
por álbuns gravados ao vivo e ela era convidada constantemente para
participações especiais e interpretações sob encomenda, singulares,
personalizadas.
Outra
característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de
intérprete declarada, tendo composto apenas três das canções que gravou:
"Lullaby" (parceria com Márcio Faraco) em seu primeiro disco, Cássia
Eller, de 1990 (LP com 60.000 cópias vendidas, sobretudo em razão do sucesso da
faixa "Por enquanto" de Renato Russo); "Eles" (dela com
Luiz Pinheiro e Tavinho Fialho) e "O Marginal" (dela com Hermelino
Neder, Luiz Pinheiro e Zé Marcos), no segundo disco, O Marginal (1992).
Era
bissexual assumida desde o início da adolescência. Cássia morava com sua
parceira, Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava seu filho Francisco,
que era chamado carinhosamente de Chicão pelas duas.
A
pedido de Cássia, caso viesse a acontecer algo, Maria ficou sendo a responsável
pela criação de Francisco, após a morte de sua companheira
morte
Cássia
Eller faleceu em 29 de dezembro de 2001, com apenas 39 anos, no auge de sua
carreira, em razão de um infarto do miocárdio repentino. Foi levantada a
hipótese de overdose de drogas, já que era usuária de cocaína desde
adolescente. A suspeita foi considerada inicialmente como causa da morte, porém
foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de
Janeiro após necropsia.Encontra-se sepultada no Cemitério Jardim da Saudade, na
Cidade do Rio de Janeiro.
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